quinta-feira, 18 de junho de 2009

Grandes superficies e os Centro Históricos

Um pouco por todo o país se fala e protesta pela desertificação dos centros urbanos. Foi assunto de campanha autárquica em Lisboa muito recentemente.
Em 1985 foi inaugurado o Continente de Matosinhos, em 1987 o da Amadora, depois o Jumbo Alfragide e um nunca mais parou as autorizações para novas aberturas concedidas pelos poderes públicos. Nunca estes agentes deram conta de que essas novas unidades se situavam na periferia das cidades o que deu inicio a uma fuga em massa dos consumidores ( se percebermos que essas grandes superfícies prosseguiram, e prosseguem, uma politica constante de " dumping " de preços, melhor entendemos os motivos que levam as pessoas a não comprar nos centros das cidades, no comércio tradicional - que é o oxigénio dos centros urbanos.
Na década de 90 deriva-se para um formato diferente, o centro comercial, autenticas " ilhas " de consumo que, embora situadas não já na periferia das cidades, continuam a destruir o Centro Histórico porque aliam as vantagens do antigo hipermercado a uma oferta muito mais diversificada, com outras lojas de vários ramos e uma superior comodidade ( estacionamento, espaços lúdicos, restauração, etc ).
A degradação dos centros históricos e a falta de investimento por parte dos próprios comerciantes, juntamente com a política governamental, que não faz nada de concreto em relação aos proprietários e inquilinos está condenando os centros históricos a desaparecerem. Com isso as grandes superfícies oferecem aos consumidores a promessa de maior comodidade e conforto e melhores preços.
Os Centros Históricos do país podiam ser verdadeiros centros comerciais e locais turísticos e ainda tinham capacidade de diminuírem o desemprego em Portugal.
Portugal precisa urgentemente de pessoas com visão empresarial e muita gente jovem e criativa, infelizmente os que estão na administração já estão lá há muito tempo, e estão apenas a aquecerem o lugar.

Nenhum comentário: